sexta-feira, 29 de agosto de 2008

TrendSessions: Tendências em Mobilidade

Toda vez que converso com algum daqueles amigos mais off-lines que todo mundo tem, eu ouço a expressão "entrar na internet". Geralmente, a pessoa não se dá conta de que ela própria já não pratica essa ação há um bom tempo - pelo menos nesse formato arcaico.

Passei a manhã cobrindo no Twitter @agenciaclick o seminário Tendências em Mobilidade, promovido pela Click, o Yahoo! Brasil e o MySpace dentro do projeto TrendSessions. Centrado na palestra de Federico Casalegno, do Laboratório de Experiência Mobile do MIT, o evento deixou claro que o ato de sentar-se diante de uma única máquina centralizadora de conectividade hoje em dia é não apenas obsoleto, mas impossível.

Apresentando projetos que unem design, urbanismo, conteúdo contextual e location-based information a diversas tecnologias de conectividade wireless, Casalegno mostrou um futuro - e um presente - em que redes sociais móveis e always-on aprimoram a interação entre o cidadão, seus pares e as instituições públicas e privadas, permeando todos os aspectos da vida.

O seminário TrendSessions: Tendências em Mobilidade também está num grupo de discussão em www.agenciaclick.com.br.

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sexta-feira, 8 de agosto de 2008

InAbrupto recomenda

Se você tem TV a cabo, faça um favor a você mesmo e assista, no próximo domingo, à maratona de When We Left Earth (traduzido no Brasil como "Grandes Missões da Nasa"), minissérie de documentários do Discovery Channel que marca os 50 anos da agência espacial norte-americana. Faça isso especialmente se você acredita que o dinheiro gasto com vôos espaciais (e não a fortuna muito maior queimada todo dia em armas e corrupção) deveria ser usado para resolver os problemas do mundo.

A série conta a saga das missões tripuladas do programa espacial estadunidense desde os primórdios, com o projeto Mercury, até a atual era dos ônibus espaciais e do telescópio Hubble, passando pela exploração da Lua e o Skylab. São seis horas de imagens históricas restauradas em alta definição. Muitas - como as que foram filmadas pela câmera do próprio Ed White, primeiro americano a flutuar solto no espaço - jamais tinham sido exibidas ao público.

Com uma linguagem dramática e uma edição primorosa, When We Left Earth é o registro de uma das mais heróicas páginas da história recente contada pelos seus protagonistas. A obra inclui depoimentos de pessoas como John Glenn, primeiro americano a orbitar a Terra, e Neil Armstrong, numa das raríssimas aparições públicas desde 1969, quando foi o primeiro homem a pisar na Lua.

Só não esqueça de ligar a tecla SAP. Porque a dublagem, além de ser ruim e estragar toda a dramaticidade da narração original, ainda matou a trilha sonora. Aliás, podem levantar o volume. A música de When We Left Earth é digna de um épico do DeMille: às vezes grandiosa e inspiradora, outras delicada e poética, e maravilhosa do começo ao fim.

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quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Querido Papai Noel

Quem ganhar na loteria e quiser me dar um presente pode ficar tranqüilo. Uma empresa com o sugestivo nome de Electric Aircraft Corporation está testando o regalo fabiânico perfeito: um motoplanador ultraleve Moni movido a eletricidade.

O ElectraFlyer C, como foi batizado, tem lugar apenas para o piloto. Ele foi feito para planar por aí depois de ganhar altura com um motor elétrico alimentado por uma bateria recarregável de lítio.

Segundo matéria publicada num dos blogs da revista Wired, a bateria de 5.6 kWh agüenta mil ciclos de recarga e dura 90 minutos. Desligando o motor para vôo planado, isso deve bastar para um domingo inteiro. Para recarregar, basta plugar na tomada por seis horas. Isso se a rede for de 110V. Ligado em 220, ele recarrega em duas horinhas.

O bichinho tem uma velocidade máxima de 90 milhas por hora (quase um Aero Boero!) e cruzeiro de 70 - mais do que as 50 mph de um Flyer GT, o Fusca dos ultraleves no Brasil, por exemplo.

É minúsculo, desmontável, não pesa quase nada e os níveis de vibração e ruído são ridiculamente baixos. Isso tem um efeito colateral muito desejável: a "política de boa vizinhança" entre os aeroclubes e os bairros que ficam perto. Sem contar que não emite gases poluentes nem consome a caríssima gasolina azul.

Aliás, a economia pode ser o maior chamariz para o ElectraFlyer C. Para "encher o tanque" do aviãozinho, o fabricante estima um custo médio de 60 centavos de dólar. Ou seja, uns R$ 1,10.

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